terça-feira, 11 de junho de 2013

A ignorância no conhecimento

   A algum tempo venho observando como é que as pessoas agem ao aprender algo novo, como muitos ao invés de serem mais sábio, tornam-se mais ignorantes.
   Deter um conhecimento não significa que você seja melhor do que quem não saiba, ou do que alguém que tenha uma ideia diferente e até mesmo equivocada. Caso queira compartilhar esse conhecimento com o primeiro caso será mais fácil, alguém que ainda não teve contato com a ideia tem mais disposição a aceitar aquilo desde que faça sentido segundo suas experiências. Já para o caso do indivíduo que tenha ideias equivocadas é necessário estar com pleno entendimento da ideia do outro, de forma à mostrar os furos e apresentar soluções, por isso a discussão entre ciência e religião nunca acaba, porque a ciência de fato não consegue provar a não existência de Deus e a religião não consegue provar a existência de Deus com provas contundentes, levando ambos à um impasse.
   Outro caso ocorre quando o indivíduo aprende algo novo, e começa a achar que todo mundo é ignorante, por não compreender aquilo. Um bom exemplo é o caso de um jovem revoltado com o sistema capitalista resolve buscar um sistema melhor, até ai uma atitude nobre, casualmente encontra Karl Marx e o Manifesto Comunista, depois que ele lê sobre aquilo sai por ai querendo ensinar para todo mundo, criticando a sociedade por ser alienada e descontando toda sua revolta como se o resto do mundo fosse responsável pela sua frustração e seus fracassos. Não acho errado aprender sobre o tema e querer debater com outras pessoas, o que acho errado é aprender algo novo e ao invés de procurar aplicações para melhorar seu ambiente sai por ai igual um religioso fanático, achando que todo o mundo tem por obrigação saber sobre o tema, que é a cura da sociedade e que é culpa do sistema em geral a situação em que está.
   O que estou pedindo é que quando apreenderem algo novo não sejam ignorantes, pensem na sociedade de uma forma mais ampla, existe pessoas que vão se interessar por aquilo e outras que tem prioridades diferentes, sua mãe por exemplo não está interessada por Platão e o mito da caverna. Um bom exemplo de como deveríamos se portar é Sócrates, ele questionava as pessoas sobre os problemas que existia no mundo e quando a pessoa se tornava contraditória ele mostrava que o indivíduo estava errado usando seus próprios argumentos (Preste atenção, isso só ocorria porque a pessoa aceitava participar daquela conversação). Cuidado, questionar é diferente de "empurrar" o conhecimento para cima das pessoas, respeite o espaço do próximo, no dia em que ele se interessar por tais assuntos pode acreditar que nesse momento será conveniente expor suas ideias. Outra coisa, sempre tenha consciência de quando for falar sobre algum tema não parta do pressuposto  que o outro já saiba sobre o assunto, faça uma pequena introdução para depois apresentar argumentos e opiniões.


Links:
http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/manifestocomunista.pdf
http://filosofia.uol.com.br/filosofia/ideologia-sabedoria/23/mito-da-caverna-uma-reflexao-atual-178922-1.asp
http://www.brasilescola.com/filosofia/socrates.htm


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